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Ser poema


Ser poeta, ser poema, talvez trovão
ser letra a letra o verso que me interessa
e ao mesmo tempo um simples cidadão
em quem tudo acaba ou recomeça.

Aqui e ali, penas vou encontrando
penas que me conduzem ao pensamento.
Tons de sílaba faço-os cantando
nas searas do sonho, nas mãos do vento.

E que importa que seja ou que não seja
pedaços de poema, rima, marfim,
cristais luzentes, prata e ouro fino?

Pretendo que o poema me proteja
que o ser doutra maneira ou ser assim…
mesmo feito palavras por destino.

Álvaro de Oliveira

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Procurava o olhar íntimo de uma oração que aos pés da cidade o tempo consagrou. Talvez se demorasse. Ia com os instantes selados no peito até ao fim dos séculos para que o tempo deixasse de passar por si.
Bibliografia Português, natural de Braga, Álvaro de Oliveira despontou ainda muito cedo para a escrita, começando a publicar os seus textos poéticos em vários jornais e revistas de que se destacam o Desforço de Fafe, Gazeta de Felgueiras, Diário de Notícias, Comércio de Guimarães, Correio do Minho e Diário do Minho. Foi profissional de Telecomunicações na Portugal Telecom. Reformou-se aos 50 anos de idade como Fiscal de Telecomunicações para se dedicar por inteiro à escrita. Em 1994 vê o seu nome inscrito na História de Os CTT nas Artes, nas Ciências e nas Letras. Em 2005 foi homenageado na sua terra por serviços prestados à Cultura. E em 2007 a autarquia de Nogueira, Braga, agraciou-o com Medalha de Mérito Literário. Escreveu, durante doze anos, uma crónica semanal no Jornal Correi do Minho. Colaborou e colabora, fazendo Crítica Literária, com o Jornal Diário do Minho. É autor dos seguintes títulos Poesia: Mãos de Sal, 1979. Mar da Boca, 1985. Mãos de Fogo