Ser poema Ser poeta, ser poema, talvez trovão ser letra a letra o verso que me interessa e ao mesmo tempo um simples cidadão em quem tudo acaba ou recomeça. Aqui e ali, penas vou encontrando penas que me conduzem ao pensamento. Tons de sílaba faço-os cantando nas searas do sonho, nas mãos do vento. E que importa que seja ou que não seja pedaços de poema, rima, marfim, cristais luzentes, prata e ouro fino? Pretendo que o poema me proteja que o ser doutra maneira ou ser assim… mesmo feito palavras por destino. Álvaro de Oliveira