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Falo-te de uma pureza das palavras
das várias cores da seara por Abril
da brisa que passa em risos de manhãs
e da tela onde escreves a branco o teu silêncio.

Falo-te de referências do povo
de rostos e de casas, e de aves povoando
o amanhecer dos dias, como das mãos
que tecem, fio a fio, a orla rendada do meu país.

Mas ainda posso falar-te das manhãs de primavera
das palavras puras e despidas de cansaço
da poesia dourada em espelhos de água
sobre livros que já me enlouqueceram.

Álvaro de Oliveira



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Bibliografia Português, natural de Braga, Álvaro de Oliveira despontou ainda muito cedo para a escrita, começando a publicar os seus textos poéticos em vários jornais e revistas de que se destacam o Desforço de Fafe, Gazeta de Felgueiras, Diário de Notícias, Comércio de Guimarães, Correio do Minho e Diário do Minho. Foi profissional de Telecomunicações na Portugal Telecom. Reformou-se aos 50 anos de idade como Fiscal de Telecomunicações para se dedicar por inteiro à escrita. Em 1994 vê o seu nome inscrito na História de Os CTT nas Artes, nas Ciências e nas Letras. Em 2005 foi homenageado na sua terra por serviços prestados à Cultura. E em 2007 a autarquia de Nogueira, Braga, agraciou-o com Medalha de Mérito Literário. Escreveu, durante doze anos, uma crónica semanal no Jornal Correi do Minho. Colaborou e colabora, fazendo Crítica Literária, com o Jornal Diário do Minho. É autor dos seguintes títulos Poesia: Mãos de Sal, 1979. Mar da Boca, 1985. Mãos de Fogo ...
Álvaro de Oliveira participa no Evento Dizer Poesia.
Procurava o olhar íntimo de uma oração que aos pés da cidade o tempo consagrou. Talvez se demorasse. Ia com os instantes selados no peito até ao fim dos séculos para que o tempo deixasse de passar por si.