
Falo-te de uma pureza das palavras
das várias cores da seara por Abril
da brisa que passa em risos de manhãs
e da tela onde escreves
a branco o teu silêncio.
Falo-te de referências
do povo
de rostos e de casas, e
de aves povoando
o amanhecer dos dias,
como das mãos
que tecem, fio a fio, a
orla rendada do meu país.
Mas ainda posso
falar-te das manhãs de primavera
das palavras puras e
despidas de cansaço
da poesia dourada em
espelhos de água
sobre livros que já me enlouqueceram.
Álvaro de Oliveira
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